O vocalista lendário do Led Zeppelin, Robert Plant, está de volta ao Brasil em 2026 com uma turnê que celebra não apenas seu legado, mas também uma fase artística completamente renovada. O músico desembarca em Porto Alegre no dia 19 de maio, para um show no Auditório Araújo Vianna, levando ao público gaúcho uma experiência que mistura nostalgia, experimentação e profundidade musical.
A passagem pelo Brasil integra a turnê de divulgação do álbum “Saving Grace”, gravado ao lado de sua nova banda — também chamada Saving Grace — formada por músicos especializados em folk, blues e raízes tradicionais. A nova fase de Plant representa uma guinada artística marcante: mais acústica, intimista e espiritual, distante das grandes distorções e da sonoridade monumental que marcaram sua trajetória com o Led Zeppelin.
Uma carreira construída sobre reinvenção
Com mais de cinco décadas de estrada, Robert Plant permanece como uma das vozes mais reconhecidas e influentes da história da música. Ao invés de se prender ao passado, o artista vem se dedicando a explorar novos caminhos sonoros nos últimos anos. Essa inquietação criativa o levou ao Saving Grace, projeto que mergulha em referências do folk britânico, do blues tradicional, do country e do gospel.
Mesmo com a idade avançada, Plant não busca replicar seus anos de glória. Pelo contrário: sua voz, hoje mais contida e amadurecida, ganhou um novo propósito. Ele prefere interpretar músicas de forma mais orgânica, deixando espaço para texturas instrumentais, harmonias vocais e atmosferas que valorizam a emoção acima do espetáculo.
Mesmo assim, a herança da era Zeppelin acompanha o cantor. Em seus shows recentes, Plant tem apresentado releituras suaves e inéditas de clássicos que marcaram a história do rock — agora em versões reinterpretadas, carregadas de sentimento e uma abordagem mais acústica.
A turnê “Rugido de Outono”
A nova turnê mundial, chamada “Rugido de Outono”, apresenta essa faceta contemporânea do artista, combinando composições do novo álbum com canções tradicionais e revisitações históricas. No Brasil, além de Porto Alegre, Plant também se apresenta no Rio de Janeiro e em São Paulo — uma rota que reforça a importância cultural da turnê.
A escolha de locais como o Auditório Araújo Vianna para o show na capital gaúcha também traduz a proposta desta fase: ambientes que favorecem atmosfera intimista, proximidade com o público e uma apresentação mais profunda, quase espiritual. É um encontro onde cada detalhe do arranjo ganha espaço.
O que esperar do show
O repertório deve trazer:
- Canções do novo álbum Saving Grace, com forte influência de folk e tradicionalismo;
- Músicas antigas reinterpretadas, algumas delas conectadas à trajetória de Plant;
- Releituras emocionantes de temas do universo do blues;
- Versões reinventadas de clássicos ligados ao Led Zeppelin, porém com nova estética sonora.
Não é um show de rock explosivo — é um espetáculo de alma, ambientação e musicalidade refinada. Para fãs antigos, é uma oportunidade de ver um gigante em constante transformação. Para novos públicos, uma chance rara de vivenciar um mestre revisitando suas raízes.
Mais do que nostalgia: relevância artística
A vinda de Robert Plant ao Brasil em 2026 simboliza algo maior do que apenas a passagem de um ícone pelo país. Representa a longevidade de um artista que se recusa a viver preso ao próprio mito. Sua nova fase mostra maturidade criativa, coragem e uma disposição rara de explorar territórios pouco convencionais.
Plant continua sendo uma ponte entre eras — do rock clássico ao folk contemporâneo — e sua presença no palco permanece magnética, mesmo com o peso da história que carrega.
Para Porto Alegre e para o público brasileiro, a turnê “Rugido de Outono” será um momento único: a chance de ouvir uma das vozes mais marcantes de todos os tempos em um espetáculo que une emoção, história e renovação artística.




